Assim, enquanto Campbell explicava os mitos antigos, as religiões pagãs e as comparava às crenças modernas, suas alunas cobravam que ele lhes explicasse qual a utilidade e o interesse atual destas histórias antigas, ou seja, como cada uma delas poderia incorporar às suas vidas cotidianas, os conhecimentos que lhe eram repassados.

Esta teoria desvenda o aspecto terapêutico da criação literária, demostrando como o criar (ou contar) histórias pode mudar, para melhor, a vida de qualquer pessoa.
A partir destes estudos, Campbell tornou-se um estudioso renomado, autor de vários livros, e teve muitos seguidores. A partir deste movimento, hoje a contação de histórias é reconhecida pelo seu potencial terapêutico, embora a escrita criativa, porque muito utilizada pela indústria cinematográfica e editorial, foi mais divulgada como entretenimento.
Entretanto, a escrita criativa tem um potencial terapêutico ainda mais poderoso do quê a contação de histórias. Através da livre associação e da intrínseca lógica da ficção, a criação literária nos faz navegar e refletir sobre um universo que nem imaginávamos existir dentro de nós.